Recentemente "quebrei a cabeça" procurando a definição de poema satírico (se tudo der certo venho contar para vocês essa história). Mas enfim, procurei, procurei e vi um pouco em um site, outro pouco em outro e decidi que, como minha dúvida pode ser a de vocês também, decidi fazer esse post te explicando o que é poema satírico.
Poemas Satíricos é um estilo literário que utiliza os versos e prosas como uma forma de "desabafo" seja ele positivo ou negativo (mas majoritariamente negativo, carregado de críticas) sobre instituições políticas, sobre hábitos, moral, costumes ou aquilo que sua imaginação permitir.
Esses poemas são carregados da utilização de figuras de linguagens como a ironia, o sarcasmo e a hipérbole. Basicamente, as figuras de linguagem são estratégias utilizadas na escrita e na fala com a finalidade de conseguir determinada interpretação do leitor e de gerar um efeito bacana no discurso. O termo "ironia" é utilizado para dizer o oposto do que deseja ser dito, vejamos esse exemplo:
"Doutor, agradeço o fato de ser tão atencioso comigo. Tenho certeza que esteve atento a tudo o que disse."
Nesse exemplo o sujeito está ironizando o doutor, pois, na verdade, ele nem prestou a atenção em nada dito. Já o "sarcasmo" é semelhante à ironia, todavia se utiliza da zombaria e de discursos mordazes para retratar com hostilidade seu discurso, direta ou indiretamente, como no exemplo:
“Estou procurando na minha agenda o dia em que pedi sua opinião sobre a minha vida.”
E a hipérbole tem por característica dar um exagero a algo ou a alguma situação, podendo ser para mais, ou para menos. Para executar essa figura de linguagem, pode ser utilizado palavras no diminutivo ou aumentando de forma exagerada uma situação, como no exemplo:
"Eu estou morrendo de frio!"
Visto essas definições, para "clarear a onda" e a mente de vocês a respeito do modo de escrita desse poema, abaixo vou deixar para vocês um trecho do texto do Gregório de Matos:
"Aos vícios
Eu sou aquele que os passados anos
Cantei na minha lira maldizente
Torpezas do Brasil, vícios e enganos.
E bem que os descantei bastantemente,
Canto segunda vez na mesma lira
O mesmo assunto em pletro diferente.
Já sinto que me inflama e que me inspira
Talía, que anjo é da minha guarda
Des que Apolo mandou que me assistira.
Arda Baiona, e todo o mundo arda,
Que a quem de profissão falta à verdade
Nunca a dominga das verdades tarda.
Nenhum tempo excetua a cristandade
Ao pobre pegureiro do Parnaso
Para falar em sua liberdade
A narração há de igualar ao caso,
E se talvez ao caso não iguala,
Não tenho por poeta o que é Pégaso."
"Resumindo a ópera", poema satírico são poemas que irão retratar temas que mexam conosco, temas que promovam alguma reflexão ou mudança. São poemas que podem servir como uma crítica ou como uma reflexão, a mudança ou a costumes.
E aí conheciam esse tipo de poema? Me conte nos comentários. Mande esse post para um amigo ou amiga que precisa conhecer esse conteúdo.
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Beijos
Erika Fiuza
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