Assisti ao filme "Quarteto Fantástico" na estreia e, ao sair da sessão, fiquei pensando muito sobre as escolhas que fazemos na vida e suas consequências. Percebi que tanto Thanos quanto Reed Richards enfrentaram decisões difíceis para salvar suas realidades, e fiquei refletindo sobre isso no caminho de volta para casa. Não sei se alguém vai ler este post ou se vai concordar comigo, mas ambos os personagens lidaram com a mesma questão: salvar a família ou a realidade em que vivem. Hoje, o post do blog será diferente, pois estou animada para estrear aqui no blog o quadro "Devaneios na Bagagem". Neste espaço, compartilharei minhas opiniões sobre diversos assuntos relacionados à literatura e ao cinema, apresentando reflexões sobre temas que me tocam. Para começar, vamos refletir sobre as decisões de Thanos e do Sr. Fantástico em suas tentativas de salvar seus mundos de ameaças iminentes.
Thanos acreditava que suas ações extremas salvariam o universo de algo ainda mais terrível. Ele, de forma fria, sacrificou a própria filha em troca de uma solidão que considerava essencial para a salvação daquela realidade. A que preço ele fez isso? O mais triste é que ele condicionou parte do universo ao estalo e à não existência, negando oportunidades de escolha a muitos. Por outro lado, Reed Richards, o Sr. Fantástico, é um homem brilhante que, junto com sua esposa, amigo e cunhado, adquiriu superpoderes após uma mutação no espaço. Afinal, com grandes poderes, grandes responsabilidades não é mesmo? E eles se tornaram heróis, defendendo sua realidade.
No entanto, a conta chegou. Reed teve que tomar decisões difíceis quando enfrentou uma ameaça ainda maior: Galactus, o devorador de planetas. Galactus, como o nome indica, tem uma fome insaciável e ameaça devorar a Terra. Os heróis, sem saber o que fazer, decidiram enfrentar essa ameaça. Galactus, ao perceber que Susan estava grávida, fez um acordo: não destruiria a Terra se eles lhe entregassem a criança.
Que escolha desafiadora! O que fazer? Sacrificar um bebê inocente para salvar um planeta inteiro ou lutar contra um ser celestial que poderia destruí-lo? Ambos, Thanos e Reed, enfrentaram dilemas semelhantes, mas escolheram caminhos opostos. Enquanto Thanos matou sua filha, Reed e Susan decidiram lutar pela família e pelo planeta, recusando-se a ceder ao caminho mais fácil e cruel de entregar o bebê.
Ambos foram vistos como vilões pela sociedade, pois nossas escolhas geram consequências e, dependendo do ponto de vista, podemos ser vistos de diferentes maneiras. Mas será que a moralidade é tão simples? Thanos optou pelo "caminho mais fácil", eliminando o que considerava um obstáculo, enquanto Reed lutou por tudo o que construiu, mesmo sem saber como vencer. Ele decidiu não seguir o caminho mais confortável e fez de tudo para proteger o que acreditava, mesmo ciente de que poderia perder tudo.
O que quero transmitir com tudo isso? Apresentei a vocês dois personagens com esperanças antagônicas. Thanos via esperança no trágico, acreditando que o pior aconteceria e que ele seria o responsável por "resolver" essa situação, mesmo que isso significasse sacrificar tudo o que amava. Reed, por outro lado, tinha esperança na humanidade. Ele acreditava que seu filho, mesmo sem conhecê-lo, valia a pena lutar. Sem saber como vencer Galactus, decidiu arriscar tudo por sua família.
À primeira vista, isso pode parecer egoísmo, mas até que ponto vale uma vida? Reed foi até o fim, lutando por todos, mesmo diante da ameaça que poderia levar tudo o que ele amava. Ele encarou o desafio e acreditou na humanidade, lutando pelo que defendia, e essa visão me parece a mais nobre de todas.
Este post é um reflexo das minhas reflexões sobre esses dois personagens e sobre a esperança. Precisamos ter esperança para viver. Quando essa esperança se perde, nos sentimos vivos apenas por fora. É essencial avaliar em que estamos investindo nossa esperança, mas devemos reforçar a fé na vida, na humanidade e em nossos princípios. Essa esperança deve ser cultivada de maneira que não prejudique os outros, como fez Thanos, mas sim defenda o que acreditamos, mantendo nossa humanidade e empatia.
A vida é repleta de desafios, mas nada justifica passar por cima de alguém em busca do que acreditamos. Alguns podem agir assim, mas eu acredito que posso ser diferente. Este post é um lembrete para mim de que sempre posso fazer escolhas diferentes e que não devo retribuir com a mesma moeda.
Espero que este texto ressoe com você!
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Beijos e até o próximo post!
Erika Fiuza
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