quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Resenha do livro: O colecionador


Sabe aquele livro que após a leitura te faz pensar por horas e horas? Aquele livro que te promove um misto de sensações e que te deixa vidrado do início ao fim? Se você está procurando um livro assim, você precisa ler o livro "O Colecionador" de John Fowles. Sendo um livro de suspense com um teor psicológico, o best seller mundial foi lançado em maio de 1963 e teve o lançamento de uma edição especial maravilhosa em abril desse ano pela DarkSide, serio vocês precisam conferir.





Número de páginas: 256
Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟 5 de 5



Aceitar a tristeza é saber que fingir que tudo é alegria é pura traição.(p.198)

O ponto alto do livro é nos causar sensações das mais variadas e sentimentos não tão amigáveis pelos personagens. A história se inicia com um stalker (quem nunca?) chamado Frederick Clegg, um funcionário público que ganha na loteria esportiva uma fortuna. Mesmo rico, ele é um personagem sozinho, que não tem o apoio da família nem tem amigos, um homem de poucas palavras, inseguro e introspectivo que tem apenas um hobby muito peculiar: Colecionar borboletas. Nosso stalker tem uma paixão platônica (voltada mais para uma obsessão doentia) por Miranda Grey, onde vê nela o grande amor da sua vida. Pensando em uma maneira de estar um tempo sozinho com ela a fim de demonstrar seus sentimentos e deixar claro para a moça de que eles nasceram um para o outro, ele,  a partir de uma stalkeada generosa na vida de nossa protagonista, a sequestrará e a manterá forçadamente como sua "hospede" em sua casa, totalmente planejada de modo a evitar a sua fuga na ideia inicial de: mostrar que a ama, fazer ela o amar de volta e a libertar para viverem "lindamente" juntos.


Eu estava disposto a fazer o que quer que fosse para a conhecer, para lhe agradar, para ser seu amigo, para poder olhá-la de frente, e não espiá-la. (p.17)


Falando um pouco da Miranda, ela é estudante de artes que apresenta ideias bastante modernas e formadas, com uma personalidade esnobe e com um enorme senso de superioridade. Ao ser sequestrada, mesmo tendo todas as suas vontades atendidas, ainda sim,  ela se sente uma prisioneira (e é uma) e tentará de todas as formas sair desse lugar. Um dos fatores sensacionais desse livro é a escrita do autor, que  apresentou brilhantemente em sua narrativa o ponto de vista dos dois, fazendo um passeio pelas suas mentes. Sendo assim, veremos o ponto de vista de vilão e mocinha que conforme a narrativa, são totalmente despidos de todas as mascaras sociais, mostrando suas qualidades e defeitos, loucuras e devaneios, crueldades e inocências. Com isso, nós como leitores ficamos divididos, numa sensação de não saber qual dos dois é o mais confiável.

Sou eu. Eu sou a sua loucura. Há muitos anos que ele procurava algo para libertar a sua loucura. E encontrou-me. (p.128)


Conforme a leitura, vamos intensificando nossas relações com os personagens e passamos a compreender certas atitudes feitas por eles e o principal: conseguimos perceber os dois lados da história, o que foi sensacional. Tive ao longo da leitura, um misto de emoções, tiveram momentos que precisei parar para respirar, outros em que eu queria abraçar a Miranda, e momentos em que eu queria estrangular os dois.  Enfim, essa história foi bem envolvente e apreciei muito a leitura. As sequências finais foram arrebatadoras e desconstruíram todas as minhas expectativa, e de certa forma é um livro que mexe com nossa mente por descrever como as atitudes humanas podem ter suas consequências.




Quando sentimos profundamente alguma coisa, nunca nos deveríamos envergonhar de mostrar os nossos sentimentos.(p.148)


Se você já leu, o que achou da leitura? Conte para mim aqui nos comentários e não esqueçam de me seguir nas redes sociais para não perderem nenhuma novidade.





É vocês, já leram algum livro da DarkSide? Me recomendem aqui nos comentarios❤ vamos compartilhar leituras.


Beijos

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