Sabe aquele livro que você começa a ler e não quer mais parar até concluir a leitura? Então esse é um desses livros. "Daqui Pra baixo" foi uma leitura que além de rapidinha de ler, me proporcionou importantes reflexões sobre aspectos da vida. O autor Jason Reynolds apresentou em versos uma história que trás a tona um alerta para a nossa sociedade e acredito ser uma leitura que todos devem fazer um dia.
Número de páginas: 320
Avaliação:🌟🌟🌟🌟🌟 5 de 5
Representando o livro por emoji:🧑😭🚫👨⚰⚔🧑😡🗡⤵️🏙💥🤯
Gênero: young adult
Onde Comprar: Amazon
Sinopse: Will perdeu o irmão para a violência. Agora, precisa enfrentar sua realidade e descobrir se a vingança é capaz de aplacar sua dor
Aos 15 anos, Will conhece intimamente a violência. Ela está à espreita no dia a dia de seu bairro, nos avisos para que não volte tarde para casa, nos sussurros dos vizinhos sobre mais uma pessoa que foi morta. Dessa vez, os sussurros são sobre seu irmão mais velho. Shawn foi assassinado na rua onde a família mora.
Contado do ponto de vista de Will, Daqui pra baixo é uma narrativa ágil que se passa em pouco mais de um minuto ― o tempo que o elevador do prédio leva para chegar ao térreo. Esse é o tempo que Will tem para descobrir se vai seguir as regras de sua comunidade ou se é possível não perpetuar o ciclo de violência.
A regra número 1 é não chorar. A número 2, nunca dedurar alguém. A terceira, a crucial: se fazem algo com você ou com os seus, é preciso se vingar. A curta trajetória do elevador é ritmada pelas paradas em cada andar e por aqueles que aos poucos ocupam a cabine e os pensamentos de Will. Cada rosto tem uma história de vida e de morte. Will, em questão de segundos, vai definir a dele.
Originalmente escrito em prosa, depois em verso, Daqui pra baixo faz a emoção ― a confusão, a revolta, o medo ― de um garoto armado que sai para vingar o irmão crescer também no peito de quem lê. Um livro impossível de ignorar.
Esse foi um livro bem intenso pra mim por pensar em quantas pessoas morrem infelizmente todos os dias por questões relacionadas a violência e quantas famílias sofrem pela dor da perda. E achei fantástico a sensibilidade do autor de trazer esse tema sinalizando para questões muito importantes e complexas de nossa realidade que precisam de mudanças. O protagonista é um adolescente de 15 anos chamado Will, que teve seu irmão Shawn assassinado em uma ocasião inoportuna e isso além de desestruturar ele e sua mãe, lhe fez querer fazer algo que não devia: se vingar.
"Me tranquei no meu quarto com um travesseiro na cabeça pra abafar a sinfonia de lamentos da minha mãe. Ela ficou na cozinha chorando com as mãos no rosto, e só tirava de perto pra pegar o copo."
Quanto a minha fala acima vale destacar que ele tomou essa atitude pelo fato de ter tido esse aprendizado desde pequeno. Vou dizer a minha opinião a respeito desse assunto, se caso você tiver outra opinião coloque nos comentários: ele tinha a escolha de não se vingar, de não sujar a mão com um sangue que poderia ser inocente como o do seu irmão, mas ao meu ver por ele viver naquela realidade ele não via outra opção e foi isso que ele tentou fazer até por acreditar que estaria fazendo a justiça.
"As Regras nunca devem ser quebradas. As Regras são feitas pra gente quebrada seguir."
Ele aprendeu três regras na rua que ele levava para a vida: 1 - não chorar; 2- nunca dedurar ninguém e 3- se vingar. Disposto a cumprir tal meta ele pegou a arma que estava escondida na gaveta de seu irmão falecido e seguiu em direção ao elevador com um nome em mente de uma possível pessoa que tenha matado seu irmão (vale destacar que ele não tinha certeza se essa pessoa tinha realmente matado, era apenas uma suposição da cabeça dele). Nesse processo de descer o elevador que era de basicamente um minuto, ele encontrou importantes pessoas que fizeram parte da vida dele, ou não, e fez importantes descobertas sobre sua vida e sobre aquilo que acreditava.
Bom, para mim esse livro foi uma leitura fantástica que me proporcionou algumas reflexões importantes, mas a que destacarei nessa resenha é em relação a seguinte pergunta: "vale a pena manter um padrão de comportamento mesmo sabendo o fim trágico dele?"
Will estava transtornado com a perda, claro, quem não estaria? Mas ele estava preso num ciclo vicioso que via tanto sua família como amigos de rua fazerem que sempre levava para o mesmo final. Seria realmente esse o caminho? Valia realmente a pena passar por tamanha dor? Não vou falar muito dessa experiência dele no elevador para que você leia e se surpreenda como eu me surpreendi ao ler.
Mande esse post para um amigo ou amiga que ama leitura e se você for ler esse livro depois venha nos comentários me dizer o que achou dessa leitura.
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Beijos e até o próximo post
Erika Fiuza
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